quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sobre Responsabilidade(s)

Turminha da "pesada" do Pq. São Bernardo (Tarde) 1º sem. 2011.
Responsabilidade, palavra forte né! Acho que muitos que já passaram pela adolescência ouviram muito essa palavrinha nos sermões dos adultos que queriam nosso bem, estes podem até torcer o nariz para ela, mas não há como fugir dessa palavrinha que define uma qualidade que acompanha-nos e nos acompanhará em todos os nossos passos, até os derradeiros momentos de nossas existências.
Brincando & Aprendendo
Derivada do latim (responsabilitate), ser responsável designa ser hábil a responder por alguma coisa, à "obrigação a responder por certos atos próprios ou alheios ou por alguma coisa que lhe foi confiada".  Portanto, esta postura diante da vida deve ser assumida em todos os âmbitos, do circulo de amizades ao meio ambiente, na política do cotidiano - no trabalho, na escola, etc. E era aqui que eu queria chegar! Na responsabilidade do educador que transmite - ou facilita o caminho ao - conhecimento, na ética que este individuo deve ter em relação aos seus educandos. Sinceramente, estou cansado de ver muitos se omitirem, de encontrar diversas desculpas para diversas situações, tornando-se hipócritas, cito o jornalismo que inventa o sensacionalismo, o pai ausente, o político que está interessado em apenas representar a sí próprio, as universidade mundo afora que vendem diplomas, o coordenador pedagógico que culpa a burocracia e não resolve problemas que poderiam ser resolvidos se encarados com coragem, enfim, as situações são diversas. 
Todavia, minha intenção com essa reflexão é olhar para minha postura quanto educador, assumir minha bronca, estar consciente do meu papel e dividir isso com quem quer que seja que irá ler este post. Acredito que, um educador têm tanta responsabilidade quanto um médico, ou um engenheiro, ou um arquiteto... Já vi muitos "professores" que encaravam dar aula como apenas um ganha pão, que dão aulas medíocres, e já está. Como diria um chavão de algum programa humorístico "É por isso que o Brasil não vai pra frente". 
Refletindo sobre minha responsabilidade, tento dar o melhor de mim, mesmo as vezes nem sendo recompensado financeiramente para isso, mas se assumi a bronca, tenho que fazer ganhando 10, 100 ou 1000, e não buscar hetero-desculpas, seja elas problemas familiares, financeiras, etc. Pois afinal, que que têm a haver o Zézinho se eu estou duro ou sem tempo de preparar a aula, porque é que vou punir um outro ser por um problema que é meu. Tá! Vivemos em rede, em sociedade, estamos todos ligados, mas penso ser muita covardia entregar o peso da cruz a outra pessoa que não cometeu nenhum pecado (ps. isso aqui é só uma metáfora, hein!, tô fora de compactuar com essa visão de mundo cheia de pecados!).
Crianças do PIGD - Pq. São Bernando / 1º sem. 2011.
Repetindo-me, um educador têm tanto poder na mão quanto uma pessoa com um arma de fogo carregada, pois é capaz de destruir sonhos, vidas. E está cheio de gente aí cometendo genocidios intelectuais. Desestimular alguém a algo, na minha concepção, é até mais grave que vários moralismos da nossa sociedade. Trocando em miúdos, ser educador é ser responsável por vidas, pelo futuro, e não consigo admitir qualquer alguém que esteja na área e não esteja dando seu máximo. Tá cansado? Vai pro comércio, pois alias, vai acabar ganhando bem melhor que trabalhar na educação...Falando em comércio, está aí outra área que não têm responsabilidade nenhuma com mundo, mas aí já é outro âmbito, e é melhor nos atermos somente a este - ao menos neste post.